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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Voluntários: “A Cidade Maravilhosa se tornou ainda mais maravilhosa por vocês estarem aqui”



Texto e fotos: Nice Affonso/Portal da ArqRio

A Catedral de São Sebastião, Igreja-Mãe desta Arquidiocese, ficou lotada de rapazes e moças de todo o Brasil e também de outros países. São os voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), que já estão em solo carioca e em preparação, espiritual e por meio de treinamentos, para bem receberem os peregrinos que chegam à Cidade. O evento teve início com a oração do Terço da Misericórdia, rezado em cinco idiomas, às 15h, e foi finalizado com o encontro entre muitos jovens — de outros estados e nações — com membros das comunidades paroquiais que os apresentarão às famílias de acolhida.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, presidiu a missa de envio dos voluntários, que foi concelebrada pelo Bispo Auxiliar Dom Pedro Cunha, pelo Bispo polonês Dom Henrique Thomasi e por diversos sacerdotes, tendo os símbolos da Jornada ao altar.

Durante a homilia, o Arcebispo recordou a peregrinação da Cruz dos Jovens e do Ícone de Nossa Senhora por quase dois anos em terras brasileiras, até chegar ao Rio de Janeiro, Cidade-sede da JMJ Rio2013, há 11 dias. E partilhou sua alegria por essa celebração de envio aos voluntários acontecer no dia de Nossa Senhora do Carmo, que recorda à Igreja a mística da fé, da oração e que convida à luta ao que contradiz o evangelho.

- A celebração desta Eucaristia é importante para que tenhamos a consciência de que tudo o que formos fazer deve ser alicerçado na espiritualidade.(...) Vocês são, como diz o Evangelho, esses parentes de Jesus, que querem fazer a sua vontade. Por isso, nós, hoje, os acolhemos e enviamos. (...) Que nunca percamos tempo, mas que vivamos a espiritualidade e que possamos dar testemunho da nossa alegria e das razões da nossa fé, desejou o Arcebispo.

E para, oficialmente, acolher e dar boas vindas aos voluntários da JMJ, Dom Orani expressou sua percepção sobre o Rio de Janeiro nestes dias:

- A Cidade Maravilhosa se tornou ainda mais maravilhosa por vocês estarem aqui! Vocês trazem não só a alegria juvenil, mas a luz da fé, sendo protagonistas deste mundo novo, como diz a oração da Jornada, comemorou.

Concluindo a celebração, o diretor do Setor de Voluntariado, Padre Ramon Nascimento, representando cada um dos voluntários da JMJ Rio2013, se dirigiu ao Arcebispo Metropolitano:

- Nós, voluntários, como Maria, queremos dizer sim; e por isso pedimos: envia-nos!

- É com muita alegria que nós louvamos a Deus pelos presentes e os enviamos para que possam fazer a beleza do evangelho e do reino de Deus acontecer nesta Jornada. (...) Tenho certeza de que vocês farão o melhor não só para acolher, mas para testemunhar a vivência cristã a todos que lhes forem confiados. Será uma experiência única na vida da cada um de nós, disse Dom Orani.

“O voluntariado é a alma da Jornada”

Para o diretor do Setor de Voluntariado, a Cidade Maravilhosa vive um tempo forte de fé, que revela à sociedade que existe esperança de um futuro melhor

- O Rio de Janeiro está vivendo um pentecostes. Nós estamos vendo voluntários que falam idiomas linguísticos diferentes, mas que falam um mesmo idioma, o da fé. E todos juntos estão construindo uma bela JMJ. (...) O voluntariado é a alma da jornada, porque cada voluntário constrói a Jornada e sem eles a Jornada não conseguiria existir. E isso é uma expressão de Cristo, expressão do serviço ao irmão e do cuidado com o outro. É magnífico ver tantos jovens, vindos de variados países e de diversos lugares do Brasil, para servir ao irmão. Isso mostra que o mundo tem uma esperança, destacou. 

De acordo com o Arcebispo Metropolitano, o gesto de despreendimento em favor dos irmãos do mundo inteiro que, na Jornada, vêm buscar um encontro pessoal com Jesus, é um grande testemunho de serviço ao outro, que é dado à sociedade:

— Os voluntários são aqueles que, além de peregrinos que vêm para o Rio de Janeiro para estarem com os irmãos e irmãs, e seguirem a Cristo, se colocam à disposição para servir os outros peregrinos, seja nos aeroportos, na rodoviária, nas estações de trem, metrô, pelas ruas... (...) Acho que é um belo sinal do jovem que faz sacrifício para ajudar outro jovem, o que é um sinal também do que todos nós somos chamados a fazer em nossa vida: nos colocar a serviço dos irmãos. Eu creio que esses peregrinos, com o seu exemplo, ajudam a mudar o nosso mundo. É um grande testemunho que os peregrinos dão, sendo voluntários, afirmou.

Para os voluntários, todo o tempo em que estão servindo é ocasião para que Deus realize graças em suas vidas, de formas jamais imaginadas, e os forme para a missão de ser protagonistas do mundo novo:

— Eu vou receber muito! Ontem, eu conheci uma mocinha maravilhosa, que abriu sua casa para mim, porque eu não tinha um lugar para ficar. E eu penso que Deus sabe exatamente onde eu preciso estar, melhor do que eu mesma. É uma estória engraçada: eu sou polonesa e meus pais também são, e o lugar onde eu supostamente ficaria alojada seria a uma estação de metrô daqui, entretanto, ela mora próximo ao Santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire, e eu nunca estaria lá de outro jeito.(...) Ou seja, Deus sabe onde eu preciso estar, partilhou, emocionada Sophia Delpick, que atualmente reside em Massachusetts, USA.

— Depois do que a gente vai viver e aprender aqui, a gente vai poder levar melhor o evangelho ao nosso país. E ser voluntária é maravilhoso, porque a gente pode servir aos outros, sabendo que quem serve recebe muito mais, afirmou Sonia Dobless, de Misiones, Argentina.

— É uma emoção indescritível participar desta Jornada! As amizades que eu estou fazendo, as experiências de oração... Tudo isso aqui nos leva a um encontro pessoal com Deus mesmo, partilhou Edmila Alves dos Santos, de Cosmópoles, SP.

Para Guilherme Erthal, de Vacaria, RS, que participa de uma Jornada pela segunda vez, o encontro ser no Brasil tem um valor especial:

— Ter Jornada no meu país é a experiência maior que eu posso ter na vida, em se tratando de conhecer pessoas de outros estados e países, culturas e tradições diferentes, com as quais a gente acaba trocando experiências de 'um cristo particular', que ‘daquele jeito’, a gente não conhecia e que, no entanto, aqui é gritado, anunciado para o mundo inteiro, contou.

Caroline Pereira Muniz, de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, a JMJ é a oportunidade de estar com aqueles que têm os mesmos propósitos de vida e, ao mesmo tempo, a motivam a dar testemunho de vida em qualquer ambiente social em que esteja:


— A Jornada, para mim, é achar aqueles que vivem como eu, que pensam como eu. Que querem ser santos sem deixar de ser jovem. Eles me motivam à evangelização, porque sei que não estou sozinha no mundo com o meu propósito, contou.

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