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domingo, 7 de julho de 2013

"Aha-Uhu! A Jornada é nossa!"


Por: Nice Affonso, do Portal da Arquidiocese do Rio
Fotos: Victor Gonzalez/Pascom Vicariato Urbano


Na tarde do último sábado, 6 de julho, as pessoas que se colocaram à disposição para receber os peregrinos que virão para a JMJ Rio2013 se reuniram na Catedral Metropolitana para a Festa do Acolhimento, momento de oração e preparação para a recepção dos jovens que, dentro de poucos dias, estarão chegando à Cidade Maravilhosa. O encontro antecedeu um dos momentos bastante esperados por esta arquidiocese: a recepção dos símbolos da Jornada na Igreja-Mãe do Rio de Janeiro, onde o Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, presidiu a missa. A felicidade dos cariocas pela chegada desta festa precisava ser testemunhada pelas ruas: em procissão, os símbolos seguiram, junto da multidão que os acolheu, até os Arcos da Lapa, para o show No Coração da Jornada, que, reunindo diversos músicos católicos, anunciou a toda a Cidade que a JMJ Rio2013 está bem próxima.

Festa do Acolhimento

Diversas famílias que vão acolher peregrinos participaram do momento de preparação na Catedral.
Carlos Augusto Vieira e Sônia Regina Cardoso Lopes Augusto, casados ha 22 anos, da Paróquia Jesus Sacramentado, na Penha Circular, vão receber dois peregrinos de língua portuguesa ou espanhola e estão bastante ansiosos:

- Entendemos que faz parte da nossa missão acolher, receber os estrangeiros. Já que somos católicos praticantes, temos que recebê-los sem medo, como Dom Orani vem falando. Foi iniciativa nossa mesmo, contou Carlos.


- Vai ser uma experiência única e nós temos muito afeto, muito carinho para acolhê-los da melhor maneira possível. O próprio Jesus nos ensinou isso: que quando acolhemos alguém é a ele mesmo que acolhemos; então, estamos bastante ansiosos, contando os dias, partilhou Sônia.

Helena Maria Guaranha e Roberto Guaranha, casados há 7 anos, pais da Júlia Ferreira Guaranha, de 3 anos, da Paróquia São Francisco Xavier, na Tijuca, vão receber seis peregrinos de língua inglesa e acreditam que esse passo serve também para a boa formação cristã da filha:

- A gente se sente bem em acolher e acha que está ajudando à Igreja. Mas também considera isso importante para o crescimento da nossa filha, porque queremos que ela perceba o quanto é importante ajudar sempre o próximo. (...) Acho que a gente vai ficar mais feliz em acolher essas pessoas do que os que vão ser acolhidos, certos de que ainda vamos receber mais graças do que já temos recebido, descreveu Helena.

 

Durante a reflexão, conduzida pelo Padre Antonio José, foi possível notar que, especialmente durante estes dias, a Igreja no Rio de Janeiro vive tempos de graças para a evangelização. De acordo com o sacerdote, neste período, é possível que muitos jovens vão até qualquer católico para saber sobre a JMJ e também para se reaproximarem de Deus, da Igreja e retomarem a fé. Ele destacou que todo o conteúdo interior de cada católico, as experiências vividas com o Senhor é que vão levar almas para Deus.

- Diz para estes jovens que o que eles precisam é apenas acreditar em Deus, ter fé. (...) Jesus veio não para condenar, mas para salvar: diga isso para o jovem que vier te procurar, ao longo deste mês. (...) Tempo de JMJ é tempo de festa para os cristãos, mas é tempo de trabalhar para Deus. Porque Deus vai fazer, por meio de nós, uma pesca milagrosa. Mas Deus vai usar é a sua mão estendida para trazer esses jovens de volta. Não deixe esta oportunidade passar! Jornada tem que ser salvação de Deus para eles, por meio de nós, destacou.

O sacerdote ainda enfatizou a importância de lembrar aos jovens o quanto são preciosos para Deus, que não os acusa de nada, mas os acolhe, de braços abertos. E lembrou que precisa haver uma dinâmica de falar de Deus para os jovens e de falar dos jovens para Deus:

- Salve jovens para Cristo. Esta Jornada serve para isso, afirmou.


Símbolos chegam à Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro

O coração da Igreja no Rio de Janeiro, a Catedral Metropolitana de São Sebastião, acolheu os símbolos da Jornada com muita alegria e emoção. Para muitos, importava apenas um toque em um dos itens, que, desde que o Beato João Paulo II os entregou à juventude, percorrem o mundo reavivando a fé e a esperança. Sorrisos, olhos emocionados e corações voltados para o céu, em oração, foi o que se pôde observar em meio a tantos rapazes e moças, que, em clima de fraternidade, se revezavam ao transportar a cruz e o ícone de Nossa Senhora até o altar da Igreja-mãe desta arquidiocese. A JMJ Rio2013 já começou, muito concretamente, para os cariocas!

- Estamos recebendo, hoje, os símbolos da Jornada, que em agosto de 2011 foram entregues ao Brasil, chegando a São Paulo em setembro e percorrendo o Brasil todo. E agora chegam ao destino final, que é o local sede da Jornada. (...) Para todos nós, este sinal demonstra a beleza da fé cristã, e, ao mesmo tempo, a certeza do Cristo ressuscitado, que na cruz deu a vida por todos nós. É ainda sinal da alegria da juventude, que durante esses anos todos, tanto internacional como, agora, nacionalmente, viu nestes símbolos sua vida, seus, sonhos, suas buscas, suas alegrias. Pedimos a Deus que seja um bem para a Cidade: paz, fraternidade, acolhimento. Desejamos que seja um sinal elevado por todos os cantos da Arquidiocese, para que leve os jovens e as pessoas de coração jovem a construírem um mundo mais justo, mais humano e fraterno. Que os jovens, impulsionados por este momento, sejam protagonistas de um mundo novo, desejou o Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta.

Para o cura da Catedral Metropolitana, Monsenhor Aroldo Ribeiro, a Jornada está começando e a Igreja vive um tempo forte de evangelização.

- Eu já considero a Jornada começando hoje. Já estamos com um grande ritmo e que também é um tempo forte de evangelização e de renovação da Igreja, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil, afirmou.
A missa, presidida pelo Arcebispo e concelebrada pelos bispos auxiliares e diversos sacerdotes, também lembrou aos presentes a importância do acolhimento.

Durante a homilia, Dom Orani destacou o valor da consciência de que a sociedade necessita da contribuição de cada um para a construção do mundo novo. Para ele, as famílias acolhedoras, na realidade de hoje, são um fortíssimo testemunho de que há pessoas abertas para o outro e  que não têm medo disso, porque vêem no outro um irmão. De acordo com ele, viver a fraternidade é algo importantíssimo, nesse contexto de fé: muda a mentalidade, mas também dá a consciência de que se acolhe a Jesus na presença do outro.
- Somos aqueles que recebem Jesus na presença dos irmãos que chegam. Nós, que ansiamos por um mundo mais justo, humano e fraterno, sem rancores, sem maldades. Isso acontece para aqueles que são verdadeiramente filhos de Deus e se dispõem a viver assim. Deixemos que a luz de Cristo chegue até nós pela presença daquele que chega, porque eu tenho certeza de que muitas graças ele nos trará, afirmou.

No Coração da Jornada


"Aha-uhu, a Jornada é nossa" foi o grito da juventude, emocionada, ao receber os símbolos da Jornada nos Arcos da Lapa.

A atração internacional, Martin Valverde, e a diretora musical dos Atos Centrais da JMJ Rio2013 e cantora, Ziza Fernandes, estavam no palco para abrir o evento. Mas foi o estrangeiro, que nesta festa expressou representar os muitos peregrinos que estarão chegando ao Rio, que emocionou a juventude ao cantar “Ninguém te ama como eu” e pedir aplausos pelo que significa a cruz: o amor imenso de Jesus pela humanidade. Ele lembrou que o ícone e a cruz representam todos os jovens do mundo, que, naquele momento e nestes dias de pré-jornada e JMJ, estão dando o seu sim a Deus.

Sambandorando e Pe Omar Raposo deram o tom carioca à festa, louvando a Deus por meio do samba, ritmo tradicionalmente reconhecido como típico da Cidade Maravilhosa.

A Banda Futos de Medjugorge animou a juventude lembrando a todos da importância de que os peregrinos voltem paras suas terras, após o término da JMJ Rio2013, recordando não apenas das comidas e danças e locais bonitos vistos por aqui, mas principalmente de que aqui existe uma juventude santa, que quer ser fonte de bençãos.

Olívia Ferreira emocionou com a canção Cuidas de Mim, para lembrar que Deus nunca se cansa da juventude.

Djs também fizeram uma bonita apresentação, levando rapazes e moças à animação ao embalo de remixes.
Missionário Shalom agitou a juventude com seus ritmos e danças.

Mas, sem dúvida alguma, o momento marcante de oração da noite foi durante o show de Martin Valverde, que, durante suas canções, conduziu os jovens à belíssimos momentos de oração e entrega a Deus:

- Vamos colocar o coração do céu no Rio de Janeiro. (...) E que esta JMJ seja capaz de mudar a América Latina, pediu a Deus diante dos símbolos da Jornada.

Em entrevista coletiva, o músico internacional partilhou um pouco sobre as graças que acredita que a JMJ Rio2013 vai trazer à juventude:

- Sem dúvida, os jovens de todas as gerações sempre precisam de uma expressão. Os jovens que vão estar aqui vão perceber que podem se expressar, que se pode fazer alguma coisa pelo futuro, porque vão ver que são muitos outros jovens com os mesmos sonhos e ideais, que não são todos loucos no mundo. E como falava um poeta argentino, se louco é a mesma coisa que feliz, devemos então ser loucos também! E que quando voltem às suas casas tenham também uma resposta para dar aos outros jovens que lá os esperam. E a melhor mostra do que aconteceu no Brasil tem que ser cada jovem que foi tocado por Deus aqui, não há outra. 

Encerrando a noite, os símbolos da Jornada atravessaram o famoso point boêmio do Rio de Janeiro, a Lapa, sendo transportados pelos jovens até a Catedral Metropolitana.

O Diretor do Setor Pré-Jornada, Padre Jefferson Meriguette avaliou de forma bastante positiva este primeiro dia de peregrinação dos símbolos da Jornada pela Cidade:

- Eu percebo este primeiro dia com a cara do Rio. Desde a manhã, até este último evento, nos Arcos da Lapa, traz muito da identidade do carioca e um carioca que vê Deus em primeiro lugar, que é repleto de alegria, cheio de devoção. Nesta sociedade tão repleta de pluralidades, há muita gente que dá a  Deus o seu devido lugar e por isso a gente pode ver que a cidade já toma nova cor, novo brilho com a JMJ. Isso fica, a cada dia, mais evidente: a alegria, o comprometimento com o outro, o carinho de cuidar do outro... Isso tudo é muito bonito de ver e mostra o carioca aberto à realidade da Jornada, afirmou.

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