Por: Raphael Freire, do Portal da Arquidiocese do Rio
Fotos: Carlos Moioli
Com sua
infinita misericórdia Deus agraciou duplamente a Arquidiocese do Rio de
Janeiro na manhã deste domingo, 7 de julho, quando os fiéis tiveram a
oportunidade não só de acolher e peregrinar com os Símbolos da Jornada
Mundial da Juventude - Cruz e Ícone de Nossa Senhora -, mas também
receber a relíquia do Beato João Paulo II, que brevemente será
proclamado santo. Uma Missa foi presidida pelo Presidente do Pontifício
Conselho para os Leigos (PCL) e Guardião das Relíquias do “Papa da
Juventude”, Cardeal Stanislaw Rylko, no Santuário Nossa Senhora das
Graças da Medalha Milagrosa, na Tijuca, e concelebrada pelo Arcebispo do
Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, pelos bispos auxiliares e
sacerdotes da Arquidiocese.
— Trago de Roma uma cordial saudação e
benção do Papa Francisco, que a poucos dias chegará ao Rio de Janeiro
para a JMJ Rio2013. Estou muito feliz de poder presidir esta Eucaristia
que será entregue a relíquia do Beato João Paulo II, que como vocês já
sabem será proclamado santo em breve. Ele foi um grande
Papa, um Pontífice muito amado pelo povo em todo o mundo. Um jornalista
italiano disse uma vez que João Paulo II não morre e é verdade, pois
ele continua a viver no coração das pessoas e prova disso e a multidão
de peregrinos que a cada dia se dirige ao altar onde encontram-se suas
relíquias. João Paulo II foi de modo especial o Papa dos Jovens, ele foi
um papa que durante seu pontificado apostou nos jovens e viu neles os
protagonistas especiais da nova evangelização... É um papa amado pelos
jovens ainda hoje. Durante esta Eucaristia quero confiar à intercessão
de João Paulo II a JMJ Rio2013. Oremos para que esta Jornada Mundial da
Juventude traga muitos frutos espirituais para a vida de todos os jovens
que virão ao Rio dos mais de 180 países do mundo, afirmou Cardeal
Rylko.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom
Orani João Tempesta, falou da alegria de receber os Símbolos da JMJ e a
relíquia do Beato João Paulo II – ampola com sangue –, que peregrinará
pela Arquidiocese até o dia 13 de outubro, inclusive, durante a Jornada
Mundial da Juventude.
— É uma
alegria para nós receber mais uma vez, agora próximos da Jornada, o
Cardeal Rylko. Nesta celebração temos três sinais ligados a JMJ e ao Pontifício
Conselho para os Leigos: a Cruz, que o Beato João Paulo II entregou
para os jovens e que traz consigo todos os desejos e sonhos de uma
juventude que busca viver dias melhores. Ao seu lado o Ícone de Nossa
Senhora, Maria, Mãe de Jesus, que recorda seu sim a Deus e nos indica
que devemos confiar na mãe. E a relíquia com um pouco do sangue do Papa
Beato João Paulo II. Três sinais que recebemos e que para nós é uma
grande oportunidade de abrir os nossos corações para Deus, deixando que
Ele conduza nossa vida e, por isso, agradecemos de coração ao Papa
Francisco e ao PCL por este momento que nos proporcionam. (...) Para os
Bispos do Brasil, a peregrinação dos Símbolos por todas as Arquidioceses
e Dioceses do país foi um grande trabalho missionário e evangelizador,
destacou Dom Orani.
Vindo de Roma, o Presidente da
Fundação João Paulo II, Marcello Bedeschi, explicou o significado do
relicário que traz uma ampola com o sangue do beato que brevemente será
proclamado santo.
— Há aproximadamente
um ano atrás o Arcebispo de Cracóvia entregou ao Cardeal Rylko e a mim
este relicário para que fosse cuidado e levado, no futuro, às Jornadas
Mundiais da Juventude, e é a primeira vez que ele se fará presente numa
Jornada. Existe uma tradição no Vaticano de que quando um Santo Padre
morre o caixão deve ser colocado no presbitério de São Pedro e sobre o
caixão um Evangelho. Quando o Papa João Paulo II morreu houve uma grande
ventania que passou as páginas do Evangelho e ele se fechou, criando um
momento significativo e quase profético, e o artista ao qual foi pedido
que fizesse o relicário se inspirou neste momento em que as páginas do
Evangelho eram passadas e dentro dele colocou uma pequena ampola que
contêm o sangue do Beato João Paulo II, retirado um dia antes de sua
morte. Este sangue é o mesmo que conservamos em São Pedro, no Vaticano, e
o relicário veio para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, mas
ficará aqui no Rio de Janeiro aos cuidados de Dom Orani por três meses,
disse Marcello.
— É uma honra e eu me sinto privilegiada de estar perto dessas relíquias que vieram do Papa João Paulo II. É uma emoção sem tamanho
poder fazer parte deste momento, pois eles passaram por tantos lugares e
agora chegam aqui no Rio tão pertinho de nós, logo, é uma honra e uma
emoção muito forte, testemunhou Shirley Costa dos Santos, membro das
Congregações Marianas do Brasil.
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