Com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)
chegando, alguns itens são essenciais para levar na mala, como um par
de chinelos, tênis, produtos de higiene pessoal. Mas ainda mais
importante é ir para a JMJ com uma bagagem de preparação, com partilha,
meditação, debate e reflexão sobre o que é esse encontro de fé e como
ele pode servir para nossa união maior com Deus e os irmãos em favor de
todos. Os jovens se prepararam de diferentes maneiras para poder
participar melhor da JMJ, que espera receber cerca de 2 milhões de
jovens na missa de encerramento em Guaratiba com o papa Francisco. Um
bom instrumento para reflexão é a mensagem enviada pelo bispo emérito
Bento XVI em preparação para a JMJ. O texto-base da Campanha da
Fraternidade 2013, dedicada à juventude, também auxilia muito na
preparação dos pequenos grupos para o encontro com milhares de jovens e,
em especial, para pensar como viver a evangelização juvenil com os
frutos que a jornada pode gerar.
A Comissão Episcopal Pastoral para a
Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou
dois subsídios (para jovens e para adultos) de preparação, com sugestões
de encontros para pensar e rezar à luz do convite da Jornada de ir e
fazer discípulos a todos os povos. Muitos outros documentos foram
feitos, outros vários traduzidos. Vale a pena buscar conhecer, ainda dá
tendo de se aprofundar e melhorar sua participação na JMJ. Isabella
Pimenta, 23 anos, mora em Curitiba (PR) e vai participar da jornada pela
primeira vez. Com a JMJ de Madri ela começou a pesquisar mais sobre o
evento e se deu conta da “intensidade” do encontro. Depois de conhecer
mais a jornada, ela convidou amigos e agora o grupo da paróquia já tem
31 pessoas. “Todos hoje estão a mil, estamos aflitos de felicidade
esperando o dia de entrar no ônibus”. O grupo dela se reúne uma vez por
mês para se formar com o subsídio da JMJ e uma cartilha feita pela
arquidiocese de Curitiba e também todo mês faz adoração, junto com a
comunidade paroquial. “Espero me renovar espiritualmente, voltar para a
minha paróquia e mostrar esse Deus e fazer cada pessoa sentir um pouco
que seja do que foi vivido no Rio”, disse.Renovação
“Renovação. Acredito que essa palavra traduz com clareza a esperança que traz uma Jornada Mundial tanto pessoalmente como coletivamente” , afirma Luis Adriano da Silva, 25 anos, que participa da Pastoral da Juventude do Meio Popular na Arquidiocese de Maceió (AL). Ele irá à JMJ com a Comissão de Juventude do Regional Nordeste 2 da CNBB (que engloba os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte). O grupo de peregrinos é formado por um jovem de cada expressão que atua na comissão, dois secretários jovens e três padres assessores. “Espero que a jornada seja um verdadeiro reacender das chamas para a evangelização da juventude do nosso País, que a partir da pluralidade de experiências deste evento, as expressões juvenis comecem a pensar uma igreja una e diversa”, disse o jovem secretário da comissão, que também espera ver mais união de diferentes realidades juvenis também de fora da Igreja com o evento.
Segundo Luís Adriano, a preparação da JMJ tem intensificado a formação cotidiana nos grupos de base. Além dos materiais oficiais da jornada, os jovens da PJMP têm usado o Documento 85 da CNBB, sobre evangelização da juventude, além do subsídio “Aos quatro ventos” com os pilares dessa pastoral e uma versão do Civilização do Amor, documento base da Pastoral Juvenil Latinoamericana. Isso sem esquecer a Leitura Orante da Bíblia nos encontros. “A JMJ para mim é um momento que culmina uma etapa de lutas e me fortalecerá na fé pra continuar lutando”, disse, ao citar a juventude que sofre violência e é exterminada cotidianamente. Para Janaína Ferreira, estudante de medicina em Palmas (TO), a primeira jornada será a oportunidade para escutar de perto as homilias do papa Francisco, além de encontrar irmãos na fé. “Ver outras pessoas do mundo que possuem a minha fé me ajuda a acreditar que por ela vale a pena se viver, dar a vida se for preciso algum dia… E me motiva a conhecer mais a Deus também”, disse.
Fonte: CNBB
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