Vocês valem mais que muitos passarinhos
Lc 12,1-7
- Cuidado com o fermento dos fariseus, isto é, com a falsidade deles. Tudo o que está coberto vai ser descoberto, e o que está escondido será conhecido. Assim tudo o que vocês disserem na escuridão será ouvido na luz do dia. E tudo o que disserem em segredo, dentro de um quarto fechado, será anunciado abertamente.
De quem devemos ter medo
Jesus continuou:
- Eu afirmo a vocês, meus amigos: não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas depois não podem fazer mais nada. Vou mostrar a vocês de quem devem ter medo: tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus.
- Por acaso não é verdade que cinco passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? No entanto Deus não esquece nenhum deles. Até os fios dos cabelos de vocês estão todos contados. Não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos!
Palavra da Salvação!
SANTO DO DIA
São Paulo da Cruz
Foi aos dezenove anos de idade, após ouvir um sermão sobre a Paixão de Cristo, que Paulo Francisco Danei decidiu-se pela vida religiosa. Nascido em Ovada, na Alexandria, região norte da Itália, no dia 3 de janeiro de 1694, era o primeiro dos dezesseis filhos de um casal de nobres e fervorosos cristãos. Apesar do nome e da posição social, a família não possuía fortuna. Seu pai era um dedicado comerciante que viajava muito. Desde a infância Paulo acostumou-se a acompanhar o pai, primeiro como seu companheiro, depois, também, para ajudá-lo nos negócios. Também desde pequeno se entregava a exercícios de oração e penitência e à leitura da vida dos santos, encantando-se, especialmente, com a dos eremitas. Gostava de ir à igreja para rezar o terço. Essa rotina floresceu e fez crescer sua vocação.
Quando ouviu o sermão que o tocou, já pertencia à Irmandade de Santo Antônio. Primeiro pensou em alistar-se como voluntário na cruzada contra os turcos, organizada pelo exército veneziano. Depois, rezando perante a santa eucaristia, ouviu o chamado de Deus para a vida religiosa. Iniciou, então, suas intensas orações contemplativas e penitências.
Junto com seu irmão João Batista, foram viver como eremitas no monte Agentário. Durante a semana, privavam-se de tudo, oravam e penitenciavam-se. Aos domingos, dirigiam-se às cidades, onde pregavam e enalteciam a Paixão do Senhor. Assim, amadurecia em seu coração o projeto de uma comunidade religiosa. Até que, segundo ele, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro.
Motivado pelos sermões que atraíram tantos seguidores e apoiado pelo bispo de Alexandria, fundou, em 1720, a Congregação dos Clérigos Descalços da Santa Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou dos Padres Passionistas, ordenando-se com o nome de Paulo da Cruz. As Regras da Congregação eram tão severas que seu fundador teve de abrandá-las para serem aprovadas definitivamente pelo papa Bento XIV, em 1741. Os integrantes receberam as ordens sacerdotais do bispo e, com as doações do povo, foi construído o primeiro convento da Congregação, em Agentário.
Idoso e doente, quando foi desenganado pelos médicos Paulo da Cruz mandou pedir a bênção do papa Pio VI. Este, porém, além de responder-lhe que era muito cedo para partir, ordenou que fosse ao Vaticano em três dias. Motivado pelo pontífice, cumpriu a ordem, chegando na data solicitada. Permaneceu em Roma por três anos até morrer, no dia 18 de outubro de 1775, aos oitenta e um anos de idade.
Foi canonizado pelo papa Pio IX em 1867. As relíquias de são Paulo da Cruz são veneradas na Basílica de São João e São Paulo e a festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. Hoje, a Ordem dos Padres Passionistas está em missão nos cinco continentes. No Brasil, eles chegaram em 1911 e têm a sede instalada em São Paulo.
Fonte: Paulinas.org
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