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sexta-feira, 2 de março de 2012

O segredo não é só organização para uma boa JMJ

Nice Affonso, do Portal da Arquidiocese do Rio


 A noite da última quinta-feira, 1º de março, foi especial para os jovens do Rio de Janeiro. O Responsável pela Seção Jovem no Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), Padre Eric Jacquinet esteve presente no Santuário Nacional de Adoração Perpétua, na Igreja de Sant´Ana, no Centro, para esclarecer dúvidas sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e deixar dicas para a sua preparação espiritual.
O Sacerdote, embora encantado com toda a preparação técnica, que nestes dias de visita do PCL ao Rio de Janeiro tem visto, lembrou aos jovens a ação de Deus — que é atuante durante todas as etapas do evento — e alertou para a consciência de que uma boa JMJ se dá principalmente por meio de uma verdadeira preparação espiritual, que comporte a oferta de pequenos sacrifícios por amor a Deus:

— É belíssimo ver como todo o país e a cidade do Rio de Janeiro se preparam. A JMJ é um evento muito grande, no qual o Espírito Santo age com muito poder. (...) O segredo não é só organização para uma boa jornada. O segredo está nos pequenos sacrifícios de amor que nós fizermos durante este caminho de preparação, coisas que não se vêem, (...) pequenos sacrifícios por amor a Jesus. (...) Talvez alguns de vocês sofram as dificuldades da vida: podem oferecer todos esses sofrimentos pela evangelização dos jovens, que se fará neste tempo de preparação. Todos esses sacrifícios que ofereceremos a Jesus trarão grandes frutos, porque o que atrai as pessoas a Jesus é a oferta dos nossos pequenos sacrifícios de amor. Então, do mistério da comunhão dos santos, as pessoas serão atraídas a Jesus e talvez nós sejamos melhores discípulos, revelou.

Padre Eric esclareceu que não há como mensurar os frutos de uma JMJ, mas que os testemunhos são muitos. Os grandes reflexos de uma jornada, de acordo com ele, estão voltados para um real engajamento dos cristãos na sociedade, pelo grande número de conversões que acontecem.

— Nós não temos instrumentos que possam medir os frutos imediatos da JMJ, mas nós sabemos que a conversão, que será vossa e nossa, e a conversão de tantos jovens que aqui virão fará com que muitos se tornem servidores da paz, contou.













Durante o encontro, Padre Eric lembrou o início da história da JMJ, quando o então Papa, hoje Beato, João Paulo II fez um primeiro encontro mundial em Roma, em 1984, por, segundo ele, ter o desejo de “viver junto com os jovens a beleza da Igreja Católica”. O evento foi repetido em 1985 e também foi de muito sucesso.

— Depois dessas duas grandes experiências, ele se deu conta da importância desse encontro universal. E foi naquele momento que ele decidiu fazer a JMJ, porque ele tinha visto essa experiência funcionar de uma maneira muito pragmática, disse.

Para o Sacerdote, na jornada é possível fazer a experiência de irmãos e irmãs que partilham, que vivem juntos. São pessoas de raças e línguas diferentes unidas em torno do Papa, por amor a Deus.

— Isso é fruto de uma obra do Espírito Santo, porque, como diz o Papa Bento, uma festa qualquer pessoa pode organizar, mas a comunhão existente numa festa é um dom de Deus.(...) A nossa diversidade é uma riqueza, é sinal do dom de Deus para todos nós, lembrou.

Como dicas para a boa preparação espiritual foram indicadas a adoração a Jesus sacramentado, a leitura orante do evangelho segundo São Mateus — com o questionamento interior sobre o que é ser discípulo do Senhor — e a meditação sobre a mensagem do Papa Bento XVI para a preparação para a JMJ RIO 2013, que deverá ser lançada em agosto.



Após as respostas às perguntas feitas ao Padre Eric, toda a juventude se uniu em oração pela JMJ RIO2013, diante de Jesus Sacramentado. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, presidiu o momento de adoração.

Ao término do encontro, membros do Setor Jovem da Arquidiocese do Rio de Janeiro presentearam o Padre Eric com uma pequena imagem do Cristo Redentor, em agradecimento por toda a confiança manifestada à juventude carioca:

— Ficará em cima da minha escrivaninha e eu poderei recordar de vocês e rezar por vocês todos os dias, disse.

Para o seminarista da turma de Filosofia I do Seminário São José José Lucas Nascimento, o marco do evento foi a possibilidade de estimular a juventude a viver a oração.

— Com certeza é a melhor forma de nos prepararmos para algo na vida, principalmente para a JMJ. É aquilo que nos deixa mais em intimidade com Deus, nos deixa mais próximos dele e impulsiona para que o evento dê certo e para que os frutos depois do evento possam ser produzidos e colhidos, enfatizou.

Para a jovem Karina Andrade Nascimento, da Comunidade Shalom, o encontro revelou também a unidade da Igreja Católica.

— Hoje foi mais um pontapé para que a gente de fato trilhe esse caminho de oração, de preparação para o auge que será a JMJ. E nos uniu como igreja: Roma acredita no Rio de Janeiro e se coloca à disposição. Assim, juntos, em oração, vamos caminhar e fazer, como Cristo deseja, uma boa JMJ, disse.


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